quarta-feira, outubro 21, 2015

Facão Sorocabano, uma herança do tropeirismo


O médico Paulo Romero tem um passatempo curioso: coleciona facas. São quase mil modelos diferentes. O Nosso Campo foi até a casa do colecionador para descobrir quais são as preferidas. Ele, inclusive, espalhou pela mesa algumas peças consideradas especiais. Questionado qual seria o seu xodó, ele não pensou duas vezes: “É o Facão Sorocabano”, disse ele. O motivo é a história que acompanha essa peça.
 






No auge do tropeirismo, esse facão era fabricado em Sorocaba (SP) e os tropeiros usavam a peça no dia a dia na estrada, para cortar o mato, a carne e até como instrumento de defesa. O facão também tinha grande valor comercial, explicou o historiador Sérgio Coelho.
Ainda hoje o facão é fabricado e o repórter Daniel Schafer foi até a cutelaria acompanhar o processo.


O cuteleiro Edson Martins Vieira começa acendendo a forja, onde a temperatura passa de mil graus. Ele coloca a barra de ferro, que rapidamente começa a esquentar e ficar vermelha, então ele     inicia o trabalho de moldar a peça; a peça é toda martelada na mão e o processo leva no mínimo três dias. Somente no último é que a faca ganha o cabo, que pode ser de chifre, osso de boi, marfim e outros materiais.
Hoje, as facas sorocabanas fabricadas pelo Edson são vendidas para colecionadores, o preço varia de R$ 1 mil a R$ 3 mil em média. Além disso, o item já foi exportado para a Espanha, Estados Unidos, França e Itália.


quinta-feira, agosto 01, 2013

Entrevista no SBT Noticidade 29/07/2013

 Matéria exibida no SBT Noticidade - Cutelaria, no dia 29/07/2013, gravada em minha oficina.
Cuteleiros presentes: Nestor "China" e Edson Vieira.
 

sábado, outubro 16, 2010

CUTELARIA

Cutelaria artesanal
A definição empírica de cutelaria artesanal diz que se trata do ramo da cutelaria que se pratica principalmente com o esfA vida não exige das pessoas o que elas ainda não têm condições de dar.
orço e a habilidade artística manual, sem grande auxílio de máquinas operatrizes senão no básico, sem a produção em larga escala ou repetida ou de comando computadorizado. Há diversos cuteleiros artesanais no Brasil, que produzem material de excelente qualidade, sendo reconhecidos internacionalmente, a exemplo de Rodrigo Sfreddo, que em 2009 recebeu pela American Bladesmith Society o título de primeiro Master Smith da América Latina. Na ocasião, Sfreddo empatou duas de suas peças em primeiro lugar e foi premiado com o B.R. Hugues Award, concedido à melhor faca submetida a julgamento pelos aspirantes ao título.
Na cutelaria, como nas artes, a produção artesanal, mesmo quando diminuta, tem status de artigo de luxo, único, sendo que, contrariamente à indústria em geral, há uma tendência ao trabalho artesanal da parte da maioria dos cuteleiros nacionais atualmente, onde o avanço em maquinaria é visto com maus olhos ("a máquina não apresenta a qualidade e esmero que o artesão dedica").
Cutelaria como Manufatura Artesanal
É a baseada em ações sequenciais para a confecção de uma lâmina, sendo feitas por um único artesão.
Cutelaria como Manufatura Industrial
É a feita em ações sequenciais para a confecção de uma lâmina, sendo feitas por vários artesãos cada qual com sua especialidade.
Cutelaria industrial
É a que atinge larga escada de produção, utilizando métodos e maquinas com automação e produção seriada.
No Brasil é possível encontrarmos algumas marcas famosas como a Corneta (de origem germânica), a Coqueiro (cujo logotipo é de origem belga),a Mundial e a Tramontina. Podemos também encontrar várias marcas portuguesas, um dos maiores produtores mundiais de cutelaria, com marcas como a Herdmar ou a Dalper.